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Estrutura Hierárquica do Processo

Fundo
DGFP
Direcção-Geral da Fazenda Pública

SubFundo
DGFP/RP
Repartição do Património

Secção
DGFP/RP/CMB
Coimbra

SubSecção
DGFP/RP/CMB/CMB
Coimbra

Série
DGFP/RP/CMB/CMB/CONVF
Conventos de Freiras e Frades

Nível
Processo
DGFP/RP/CMB/CMB/CONVF/002
Situação sobre diversos conventos de frades



Ficha de descrição arquivística

Código de referência
PT/ACMF/DGFP/RP/CMB/CMB/CONVF/002

Título
Situação sobre diversos conventos de frades

Data produção inicial
1940-03-19

Data produção final
1946-05-20

Dimensão
Cx. 2

Assunto
Pedido de envio dos mapas de cadastro (Cadastro dos Bens do Domínio Privado), modelo 2, onde deve figurar o ex-Convento do Carmo, afecto à Ordem Terceira, nos termos da Lei de 25 de Abril de 1845, a fim de ser utilizado para hospital de enfermos pobres e asilo, o Convento de Santo António da Pedreira, da Ordem de São Francisco, cedido por Lei de 25 de Julho de 1850 a fim de se instalar o Asilo da Infância Desvalida e o Convento de Nossa Senhora da Conceição, da Ordem dos Carmelitas Calçados, cedido por Carta de Lei de 23 de Abril de 1845, à Irmandade da Ordem Terceira, para ali se estabelecer um hospital. Pedido de informações sobre a que entidades estão afectos, a que título e desde quando, os edifícios dos antigos conventos de frades sitos no distrito e concelho de Coimbra. O Convento do Espírito Santo, da Ordem de São Bernardo, está transformado em várias moradias e estabelecimentos comerciais e industriais, pertencente à data a Carlos da Silva Oliveira por escritura de 1894, que fez com a sua madrasta Clara Ermelinda da Silva Oliveira, dos bens deixados por seu pai, o Comendador Francisco da Silva Oliveira. O Colégio de Avis, da Ordem de Avis, relaciona-se com o antigo Colégio de Santiago da Espada e de São Bento de Avis, mais conhecido pelo Hospital de São Lázaro. Por Portaria do Ministério do Reino, de 27 de Agosto de 1853, foi posto à disposição da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, encontrando-se à data afecto à mesma faculdade e hospitais da universidade. O Colégio da Ordem de Cristo, mais conhecido por Colégio de Tomar, à data não existe e no seu local foi construído o edifício da Cadeia Penitenciária de Coimbra, afecto ao Ministério da Justiça. No Colégio da Nossa Senhora da Conceição, da Ordem dos Carmelitas Calçados, encontra-se instalado o Hospital-Asilo da Ordem Terceira de São Francisco, onde são recolhidos os confrades inválidos. Foi cedido à Irmandade da Venerável Ordem Terceira, por Carta de Lei de 23 de Abril de 1845. Posteriormente, obteve a cedência da cerca do colégio por Carta de Lei de 11 de Agosto de 1860. O Convento de Nossa Senhora da Graça, da Ordem dos Agostinhos Calçados, foi cedido ao Ministério da Guerra pela Câmara Municipal de Coimbra sendo à data propriedade privada do Ministério da Guerra onde se encontram instalados diversos serviços militares. O Convento de Santa Cruz, da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, por Portaria de 17 de Novembro de 1836, do Ministério dos Negócios da Fazenda foi destinado a aplicação de Casa das Audiências do Júri, Cadeia, Câmara, Administração do Concelho e do Correio, tomando dele posse a Câmara Municipal de Coimbra em 1836. Do convento, além da igreja, apenas resta o refeitório ocupado pela Associação dos Socorros Mútuos dos Artistas de Coimbra cedido pela Portaria de 6 de Julho de 1865 e algumas dependências. O restante está em parte ocupado pelo edifício dos Paços do Concelho e outras construções onde funcionam vários serviços públicos do Estado. A parte demolida do convento está à data ocupada pela Direcção de Estradas de Coimbra (1919), Direcção dos Edifícios Nacionais do Centro (1933), 3ª Zona de Melhoramentos Rurais (1934) e 4ª Secção de Monumentos Nacionais (1933). O Convento de Santa Rita, da Ordem dos Agostinhos Descalços, mais conhecido por Colégio dos Grilos, era propriedade de António de Moura Forjaz de Gusmão, D. Maria Mascarenhas Gaivão Gusmão e de D. Maria José Burnay de Gusmão, viúva de Pedro de Gusmão, por herança do Dr. Adrião Pereira Forjaz de Sampaio, por escritura de 1866. À data está na posse do Estado por ter sido comprado pela Comissão Administrativa do Plano de Obras da Cidade Universitária, por escritura de 1943. O Convento da Santíssima Trindade, da Ordem da Santíssima Trindade, encontra-se adaptado a várias moradias e a igreja está aplicada a comércio. É à data propriedade de D. Maria Isabel Simões da Costa Leitão e de D. Maria Luísa Simões da Costa Leitão, por herança de D. Palmira Simões da Costa Leitão, em 1922. No Convento de Santo António da Estrela, da Ordem de São Francisco, esteve instalada uma fábrica de massas, destruída por um incêndio. As suas ruínas passaram a ser propriedade de Angela Maria de Castro Carvalho Lobo Vila Moura da Fonseca, tendo esta edificado no referido local uma casa de habitação e outras dependências. O Convento de Santo António dos Olivais, da Ordem de São Francisco, foi destruído por um incêndio em 1851, restando apenas a igreja, sede de freguesia de Santo António dos Olivais e a sacristia, afectas ao culto. No Convento de Santo António da Pedreira, da Ordem de São Francisco, está instalado o Asilo da Infância Desvalida cedido por Lei de 15 de Junho de 1850. O Convento de Santo Nome de Jesus, da Ordem da Companhia de Jesus, depois da expulsão dos jesuítas, em 1759, foi por Carta Régia de 11 de Outubro de 1772, mandado dividir pela Universidade e pela Sé Episcopal. Por acordo da Universidade com o Cabido, foram concedidos: ao Bispo e ao Cabido, a igreja para servir de Sé, que à data é a sede da freguesia da Sé Nova ou Sé Catedral; à Universidade, todo o resto do edifício para instalação dos museus de História Natural e outros estabelecimentos das Faculdades de Medicina e Filosofia (à data representada pela Faculdade de Ciências). A parte destinada à Universidade foi demolida para em seu lugar se erguer o edifício museu. Os serviços universitários, por falta de espaço, foram obtendo, nos anos seguintes a cedência de algumas salas. O Convento de São Bento, da Ordem de São Bento foi entregue à Universidade de Coimbra, por Portaria de 27 de Outubro de 1836. Uma parte da sua cerca já pertencia à Universidade desde 1772, por oferta dos Monges Beneditinos, afim de ali se construir o Jardim Botânico, anexo à antiga Faculdade de Filosofia. Como esta não precisava do edifício todo, a parte disponível serviu para quartel, colégio particular e liceu (Liceu Nacional Infanta D. Maria) por despacho ministerial de 23 de Agosto de 1937. O Colégio de São Boaventura, da Ordem de São Francisco, foi entregue à Universidade de Coimbra, por Portaria de 27 de Outubro de 1836, tendo as suas dependências servido para prisão académica, alojamento de tropas, quartel dos bombeiros, repartição de obras públicas, casa de ensaio da Tuna Académica, residência de funcionários e instalação de algumas aulas de farmácia. Em 1912, foi totalmente ocupado pela Faculdade de Ciências, para ali instalar o Instituto de Antropologia e, desde então, tem sofrido várias alterações. O Convento de São Francisco, da Ordem de São Francisco, está ocupado pela fábrica de lanifícios da firma Planas & Companhia. Esta propriedade foi primitivamente de José Lopes Guimarães que por óbito deste, foi partilhado entre herdeiros, por escritura de 1893. À data é propriedade dos herdeiros do Conselheiro Emídio Júlio Navarro, dos herdeiros de Artur Xavier Lopes da Silva, de D. Maria Luísa Guimarães e também da referida firma. O Convento de São Jerónimo, da Ordem de São Jerónimo, está afecto à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde se encontram instalados os vários serviços do hospital da mesma universidade. O Convento de São João de Deus, da Ordem de São João de Deus, não é conhecido. Deve tratar-se do "Colégio de São João das Donas", que se encontra na posse da Junta de Freguesia de Santa Cruz onde funciona a sede da mesma, um café e restaurante. O Colégio de São João Evangelista, da Ordem de São João Evangelista, é mais conhecido por Colégio dos Loios e é Património do Estado. Em 1943, foi destruído por um incêndio, sendo demolido e entregue à Universidade de Coimbra em 1836, do qual não tomou posse, tendo sido ocupado pelo Estado para instalação de serviços públicos. No Convento de São José Car, da Ordem dos Carmelitas Descalços, denominado de São José dos Marianos, foi instalado o Colégio das Religiosas Ursulinas (Real Colégio Ursulino de Pereira) até à Proclamação da República. Foi adquirido pelo Ministério da Guerra por compra ao Ministério da Justiça em 1924 onde à data se encontra o Hospital Militar. O Convento de São Marcos, da Ordem de São Jerónimo, foi destruído por um incêndio, quando estava na posse da família Carneiro. As ruínas foram compradas por Manuel Cabral de Moura Coutinho de Vilhena, por escritura de 1876 e à data são propriedade da herdeira daquele, D. Maria Clarisse Cabral de Vilhena Gomes de Sousa. O Colégio de São Paulo, da Ordem de São Paulo, foi em parte demolido para a construção do edifício da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e o que daquele restou foi também demolido. No Colégio de São Pedro, da Ordem de São Francisco, datado de 1540, estabeleceu-se no edifício que à data pertence e onde está instalado o Asilo da Mendicidade. Foi transferido em 1549 para junto da Universidade de Coimbra. À data apenas restava a igreja que foi demolida. O Colégio de São Tomás, da Ordem de São Domingos, foi em parte demolido e adaptado a moradia particular. Adquirido à data pelo Estado, foi ali construído o "Palácio da Justiça". O Colégio de Sapiência, da Ordem de Santo Agostinho, mais conhecido por Colégio Novo, fundação dos cónegos regrantes da Ordem de Santo Agostinho, foi concedido à Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, pela Lei de 15 de Setembro de 1841, para nele ser instalado o Colégio dos Orfãos e Orfãs, fazendo parte do património da mesma.

Código antigo
Proc. 1073, L. 3; Proc. 1022, L. 7, Proc. 2469, L. 8; Proc. 1269, L. 9; PT/ACMF/DGFP1/CMB/CMB/CONVF/002

Cópias Digitais ou Digitalizadas  
Recurso 159740/0


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Arquivo Digital do Ministério das Finanças